quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

OLÉ, OLÁ, OLÉ, OLARILOLÉ


Pende-lhe a franja sobre uns olhos
de ratinho almiscarado – a fraca figura.
O outro é só peitaça, o cabelo em crista,
é esplêndido – em brilho e manicura.
Mas no combate é Aquiles
o primeiro e o segundo Heitor.

A assistência a Di Maria
foi um primor de engenharia,
o segundo foi já assinatura.
É uma pepita Cristiano, na orbe
dos terrenos, mas Messi é selenita
e ped’alma na rota dos Deuses.

Há que ter calma, e não
humilhar mais o madeirense,
é ainda um astro na sua ilha
ainda que um amanuense
no universo. A glória é só uma,
para quê insistir na vilania

de ver Cristiano depenado
pela melancolia? Abriram-se-lhe
as pernas de espanto ou susto.
O treinador é que o topou
e por isso o tirou,
estava o herói embargado

- assim ao menos caiu calçado.
Sempre que Cristiano encontra
o argentino confunde os hinos
e diante d’el gran sedutor a ialma
lhe falece como o sangue a Heitor.
Olé, olá, olé, olarilolé!

Sem comentários:

Enviar um comentário